Em dia volátil, os contratos futuros do petróleo fecharam a quinta-feira (12) em baixa após o corte na previsão para demanda global da commodity este ano pela Agência Internacional de Energia (AIE). O movimento ocorreu após sólidos ganhos na sessão anterior, em meio às perspectivas de sanções mais rígidas contra a Rússia.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou em queda de 0,38% (US$ 0,27), a US$ 70,02 o barril, enquanto o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,15% (US$ 0,11), a US$ 73,41 o barril.
A Agência Internacional de Energia (AIE) cortou suas estimativas para demanda por petróleo deste ano, mas elevou as de 2025, citando o impacto das medidas de estímulo econômicos da China, embora tenha alertado que o ritmo de crescimento deve permanecer moderado.
A organização prevê que a demanda global cresça 1,1 milhão de barris por dia (bpd) em 2025, de 990 mil bpd anteriormente. Mesmo com a revisão, o aumento estimado segue abaixo da expansão vista em 2023.
Investidores também digerem os riscos geopolíticos ao mercado, em meio ao aperto de sanções dos EUA contra a Rússia, de acordo com o ANZ. A aposta em corte de 25 pontos-base nos juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na semana que vem também contribui para o movimento, segundo a análise.
Para os analistas da OCBC, os preços da commodity provavelmente sofrerão pressão no próximo ano, já que um acúmulo previsto nos estoques globais deve reduzir qualquer pressão de alta. Além disso, a demanda de petróleo da China pode decepcionar e provavelmente pesar sobre as perspectivas de crescimento da demanda global em 2025, acrescentam.
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