Os contratos futuros de minério de ferro recuaram nesta sexta-feira (13), mas encerraram com alta em base semanal, com os investidores avaliando a promessa mais recente da China de novas medidas de estímulo para sustentar a economia.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), da China encerrou as negociações do dia com perda de 1,12%, a 797,0 iuanes (US$ 109,50) a tonelada.
O contrato subiu 0,31% esta semana, marcando seu quarto aumento semanal consecutivo.
O minério de ferro de referência para janeiro na Bolsa de Cingapura caiu 2,13%, para US$ 103,8 a tonelada, e ganhou 2,65% até agora nesta semana.
“Os mercados ficaram muito desapontados com a falta de detalhes concretos da Conferência Central de Trabalho Econômico da China, dado um início de semana tão promissor do Politburo”, disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities.
A decepção ocorreu apesar de as autoridades chinesas terem sinalizado que os detalhes da política seriam divulgadas em março de 2025 e por volta dessa data, acrescentou Widnell.
Pequim prometeu na quinta-feira (12) aumentar o déficit orçamentário, emitir mais dívida e afrouxar a política monetária, enquanto se prepara para o aumento das tensões comerciais antes de uma segunda presidência de Donald Trump.
As observações foram feitas em uma leitura da Conferência de Trabalho Econômico Central anual dos principais líderes chineses, realizada nos dias 11 e 12 de dezembro.
“Com o caminho de recuperação da China ainda acidentado… teremos dificuldades para ver uma alta de longo prazo nos preços do minério de ferro”, disseram os analistas do ING, acrescentando que isso continuará até que o mercado veja sinais de recuperação econômica e crescimento sustentáveis.
Também pressionando os preços do minério estão os altos estoques portuários, que estão acima de 150 milhões de toneladas — o maior já registrado nessa época do ano, acrescentou o ING.
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