Os contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago caíram para o nível mais baixo em quatro anos nesta quarta-feira (18), pressionados pelas perspectivas de safra abundante no Brasil e pela queda nos preços do óleo de soja, depois que uma proposta de lei de gastos do governo dos EUA não incluiu um suporte ao biodiesel, disseram os traders.
Os futuros do milho acompanharam a queda da soja, enquanto o trigo foi pressionado por fortes colheitas na Austrália e na Argentina.
Um dólar mais forte também pesou sobre os futuros de grãos dos EUA.
O contrato de soja mais ativo recuou R$ 0,25, para fechar a US$ 9,5175 o bushel, por volta das 15h30 (horário de Brasília), próximo dos valores mais baixos desde setembro de 2020.
O contrato março do milho fechou em baixa de 6,25 centavos, a US$ 4,3725 o bushel, seguindo a queda da soja. O trigo, por sua vez, recuou 3,75 centavos, a US$ 5,4125 o bushel.
Cada contrato de soja atingiu sua mínima durante a sessão de terça e quarta-feira.
No Brasil, o maior produtor e exportador de soja do mundo, chuvas regulares colocaram o país no caminho certo para uma safra recorde de 171,5 milhões de toneladas métricas, informou a consultoria AgRural na segunda-feira (16).
A soja foi ainda mais pressionada pelas perdas acentuadas do óleo de soja, após a notícia, na terça-feira (17), de que um projeto de financiamento do governo dos EUA não incluía apoio ao biodiesel, entre outras políticas e gastos relacionados à agricultura.
As vendas técnicas também impulsionaram ainda mais a queda da soja.
“Trata-se de uma quebra técnica que está atraindo mais vendas à medida que caímos”, disse Joe Davis, trader da Futures International.
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