A economia dos Estados Unidos cresceu mais rápido do que o estimado anteriormente no terceiro trimestre, impulsionada por gastos robustos dos consumidores.
O Produto Interno Bruto aumentou a uma taxa anualizada revisada para cima de 3,1%, informou o Departamento de Comércio em sua terceira estimativa do PIB do terceiro trimestre, nesta quinta-feira (19).
Anteriormente, havia sido informado que a economia expandiu em um ritmo de 2,8% no último trimestre.
Economistas consultados pela Reuters previam que o PIB não seria revisado. A revisão refletiu melhorias nos gastos dos consumidores e no crescimento das exportações, que compensaram revisão para baixo no investimento em estoques privados e para cima nas importações.
A economia cresceu em um ritmo de 3,0% no trimestre de abril a junho. Ela está se expandindo em um ritmo bem acima do que as autoridades do Federal Reserve consideram como a taxa de crescimento não inflacionária de cerca de 1,8%.
Na quarta-feira, o banco central dos EUA realizou um terceiro corte consecutivo nos juros, mas projetou apenas duas reduções nos custos de empréstimos no próximo ano, em comparação com as quatro previstas em setembro, citando a resiliência econômica contínua e a inflação ainda elevada.
Há também preocupações de que algumas das políticas do novo governo Trump, incluindo cortes de impostos, deportações em massa de imigrantes sem documentos e tarifas sobre produtos importados, sejam inflacionárias.
A taxa de juros do Fed foi reduzida em 25 pontos-base, para a faixa de 4,25% a 4,50%, após ser elevada em 5,25 pontos percentuais entre março de 2022 e julho de 2023 para controlar a inflação.
O chair do Fed, Jerome Powell, disse a repórteres na quarta-feira que “está bem claro que evitamos uma recessão”, acrescentando que “a economia dos EUA tem sido notável, estou muito satisfeito com a situação da economia… e queremos continuar assim”.
Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica, cresceram a um ritmo de 3,7%. Esse valor foi revisado para cima em relação à taxa de 3,5% estimada anteriormente.
Uma medida da demanda interna que exclui os gastos do governo, o comércio e os estoques aumentou em um ritmo de 3,4%. Estimava-se anteriormente que as vendas finais para compradores domésticos privados tivessem aumentado a uma taxa de 3,2%. A demanda doméstica aumentou em um ritmo de 2,7% no segundo trimestre.
Os lucros nacionais após impostos, sem ajustes para avaliação de estoque e consumo de capital, diminuíram US$ 15,0 bilhões, ou 0,4%. Estimava-se anteriormente que eles tivessem aumentado US$ 200 milhões, ou seja, inalterados em termos percentuais.
Quando medida pelo lado da renda, a economia cresceu a uma taxa de 2,1% no último trimestre, abaixo do ritmo inicialmente estimado de 2,2%. A renda interna bruta aumentou a uma taxa de 2,0% no segundo trimestre.
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