A greve de servidores do Tesouro Nacional vai interromper a venda de títulos públicos do Tesouro direto nesta terça-feira (24), segundo nota do governo federal divulgada na véspera.
Desde agosto, a categoria se mobiliza para que os reajustes salariais do órgão sejam incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 e no Orçamento de 2025. Os projetos estão atualmente em tramitação no Congresso Nacional.
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A suspensão dessa terça irá afetar todo o sistema financeiro, informou o Tesouro em comunicado. Ou seja, nenhuma instituição ou banco poderá vender títulos aos investidores. Além disso, as operações que estavam agendadas para a data foram canceladas.
Porém, o movimento não deve tirar a segurança que o programa Tesouro Direto dá ao investidor, uma vez que os títulos continuam com o mesmo lastro, sendo o emissor o próprio Tesouro Nacional, segundo Guilherme Viana, especialista em renda fixa da Veedha Investimentos.
“O que pode ocorrer é uma crise de credibilidade quanto aos procedimentos operacionais, num cenário onde investidores tem posições de compra casadas com outras liquidações, por exemplo, o que pode gerar um prejuízo de imagem ao programa”, aponta Viana.
Por outro lado, o investidor ainda poderá realizar operações de resgate antecipadas e agendamentos para datas posteriores a 24 de setembro.
“Não existe um prejuízo direto em reagendar. Todavia, a greve e a interrupção das operações deixa o investidor que compra títulos públicos no escuro, sem parâmetros de taxas durante o horário normal de funcionamento do mercado. O único indicativo são as taxas compiladas no dia anterior pela Anbima, mas o intervalo aqui é amplo”, avalia o especialista da Veedha.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Greve paralisa venda de títulos do Tesouro Direto; especialista dá dicas aos investidores no site CNN Brasil.
