A China respondeu ao recente aumento das tarifas dos Estados Unidos, elevando sua taxa de retaliação contra produtos americanos de 84% para 125%, medida que entrará em vigor já neste sábado.
O governo de Pequim afirmou que, mesmo que Donald Trump volte a aumentar suas tarifas, os chineses não darão mais troco, pois a nova taxa de 125% já é suficiente para tornar os produtos americanos não comercializáveis na China.
Xi Jinping comentou que uma guerra de tarifas não tem vencedores e que ir contra o mundo levará os Estados Unidos ao isolamento. O líder chinês afirmou ainda que seu país não teme qualquer “supressão irracional” e que por mais de 70 anos o desenvolvimento da China se baseou em “autossuficiência e trabalho árduo”.
Nos Estados Unidos, Trump tentou injetar ânimo nos investidores, sugerindo que um acordo com a China para restabelecer as relações bilaterais estaria em andamento. O presidente americano chegou a dizer que autoridades chinesas já teriam entrado em contato com a Casa Branca, mas não revelou detalhes.
Agenda econômica movimentada
No Brasil, o principal destaque na agenda dos mercados é o dado oficial de inflação, o IPCA, com expectativa de desaceleração para 0,54% em março, após alta de 1,31% em fevereiro. Também será divulgado o IBCBR, indicador de atividade do Banco Central.
Nos Estados Unidos, começam os balanços do primeiro trimestre do setor financeiro, com resultados de grandes bancos como JP Morgan, Wells Fargo e Morgan Stanley. Além disso, serão divulgados dados de inflação ao produtor (PPI) e o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.
Os mercados globais seguem atentos aos desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China, com as bolsas de Wall Street tendo apresentado queda significativa na quinta-feira (10), devolvendo parte da alta histórica registrada na quarta-feira (9).
Este conteúdo foi originalmente publicado em BDM: Agenda econômica movimentada encerra a semana no site CNN Brasil.