Queda de 67% na entrega de cacau pressiona indústria às vésperas da Páscoa

 

A indústria brasileira de cacau registrou uma redução de 67,4% no volume de amêndoas recebidas no primeiro trimestre de 2025, totalizando 17.758 toneladas, segundo dados divulgados pela Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC).

Foi o segundo menor nível para o período nos últimos cinco anos.

No mesmo intervalo, foram processadas 52.135 toneladas, resultando em um déficit de cerca de 14.886 toneladas e confirmando a necessidade de complementação via importações.

“A queda tão acentuada na virada do ano evidencia a forte sazonalidade da colheita e, sobretudo, a dificuldade de sustentação da produção nacional frente à demanda da indústria no mesmo período”, analisa a presidente-executiva da AIPC, Anna Paula Losi.

A moagem no período caiu 13% em relação ao primeiro trimestre de 2024, quando foram processadas 59.942 toneladas, e 12,5% frente ao último trimestre do ano passado.

Mesmo com a retração, o volume processado foi quase três vezes superior à oferta nacional recebida no trimestre, revelando o descompasso entre produção interna e demanda da indústria.

Para compensar a baixa oferta interna, as importações de amêndoas de cacau aumentaram 29,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024, somando 19.491 toneladas.

Ainda assim, a combinação entre produção nacional e produto importado não foi suficiente para atender à demanda, resultando em um déficit total de 14.886 toneladas no trimestre.

“A população não sente o efeito dessa queda porque a indústria se prepara para que isso não chegue ao consumidor final, por isso que normalmente o volume de importação acontece entre o final do ano e o início do ano seguinte”, explicou Losi.

A produção de cacau também apresentou variações significativas entre os estados.

A Bahia permaneceu como principal fornecedora, respondendo por 65% do total nacional, com 11.671 toneladas, mas registrou uma queda de 73% em relação ao trimestre anterior.

O Pará, por sua vez, teve uma redução de 27,8%, totalizando 4.223 toneladas. Já o Espírito Santo foi uma exceção, com um avanço de 36,9%, atingindo 1.743 toneladas e o maior volume da série histórica recente.

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*sob supervisão de Gabriel Bosa.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Queda de 67% na entrega de cacau pressiona indústria às vésperas da Páscoa no site CNN Brasil.

 

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