O Ministério do Comércio da China anunciou nesta quarta-feira (25) que estenderá por três meses sua investigação antidumping sobre o conhaque originado da União Europeia, período menor do que o máximo permitido pelas diretrizes anteriores.
A investigação, iniciada em 5 de janeiro deste ano, deveria ser concluída em um ano, mas foi prorrogada até 5 de abril devido à “complexidade” do caso, informou o órgão sem fornecer mais detalhes.
O ministério já havia afirmado anteriormente que a investigação poderia ser estendida por até seis meses em circunstâncias especiais.
Resultados preliminares de outubro indicaram que dumping de conhaque da UE ameaça causar danos ao setor chinês ao impor medidas temporárias sobre as importações do produto, afetando marcas francesas como Hennessy e Rémy Martin.
A investigação foi amplamente vista como uma resposta ao apoio da França às tarifas da UE sobre veículos elétricos fabricados na China. O presidente francês, Emmanuel Macron, chamou a medida de “pura retaliação”.
As ações chinesas exigem que importadores paguem depósitos de segurança de quase 40% para importar conhaque do bloco, tornando mais caro o envio do produto da UE para o país.
O Ministério do Comércio da França classificou anteriormente as medidas chinesas como “incompreensíveis” e alegou que violavam o comércio livre.
No mês passado, a Comissão Europeia informou que apresentou formalmente as medidas provisórias antidumping da China à Organização Mundial do Comércio (OMC).
As exportações francesas de conhaque para a China somaram US$ 1,7 bilhão no ano passado, representando 99% das importações chinesas da bebida.
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