Liberdade e controle do estado, avanços tecnológicos e concentração de poder e o sucesso e fracasso econômico das nações são os temas dos livros disponíveis no Brasil do trio de economistas que recebeu o Prêmio Nobel de economia nesta segunda-feira (14).
Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson foram laureados pelo trabalho que explica por que “sociedades com um Estado de direito precário e instituições que exploram a população não geram crescimento ou mudanças para melhor”.
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“Por que as nações fracassam: As origens do poder, da prosperidade e da pobreza”
Escrito por Daron Acemoglu e James Robinson, a obra investiga a história de civilizações separadas tanto pelo tempo quanto pela geografia para responder a uma questão de por que algumas nações são ricas e outras são pobres.
Os autores afirmam que estruturas sociais criadas pelo homem são o que sustenta o sucesso econômico e as nações. Assim, países que dispõem de instituições adequadas, com a preservação do direito à propriedade privada e da livre concorrência, conseguem “escapar” da pobreza.
Acemoglu e Robinson defendem, ainda, que a probabilidade de os países desenvolverem boas instituições é maior quando contam com um sistema político pluralista e aberto, com disputa de cargos, eleitorado amplo e espaço para a emergência de novos líderes.
“O corredor estreito: Estados, sociedades e o destino da liberdade”
De autoria de Daron Acemoglu e James Robinson, o livro faz aborda as formas que a relação entre sociedade e Estado podem tomar a partir do conceito de liberdade ou ausência dela.
No centro da teoria dos autores está o argumento que a liberdade só é mantida pelo embate constante entre a população e quem a governa.
No jogo de poder que estabelece a liberdade, a vontade individual encontra seu limite no outro e ambos os lados precisam ter forças equivalentes para que cresçam juntos, segundo os autores.
“Poder e progresso: Uma luta de mil anos entre a tecnologia e a prosperidade”
Nesse título, Simon Johnson e Daron Acemoglu analisam mil anos de história em conjunto com o exame de evidências contemporâneas para mostrar como a adoção de mais tecnologia não implica necessariamente em mais progresso.
Na visão dos autores, esses avanços servem apenas aos interesses de uma pequena elite que detém os meios de produção e de poder, ao invés de serem usados para criar a base de uma sociedade mais próspera e igualitária.
Abordando avanços tecnológicos que geraram riqueza pela história, como a agricultura durante a Idade Média, a Revolução Industrial na Inglaterra e até mesmo a criação da inteligência artificial, os autores argumentam sobre a possibilidade de redirecionar as diferentes inovações para criar prosperidade real a todos.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Confira os livros dos vencedores do Nobel de Economia publicados no Brasil no site CNN Brasil.
