A grande maioria dos investidores que realizam day trade no mercado financeiro deixam de fazer esse tipo de operação, que consiste em obter lucro a partir da compra e venda de ações conforme as oscilações dos preços dos ativos ao longo do dia. Enquanto que a minoria alcançam um lucro bruto médio diário acima de R$ 100.
Os dados são de um estudo conduzido pela FGV, com indivíduos que começaram a fazer day trade em ações no Brasil entre 2013 e 2016, o que totalizou 98.378 entrevistados. Também foram analisadas todas as operações dos participantes entre 2013 e 2018.
O resultado sugere que, desse total, apenas 554 fizeram a operação em mais de 300 pregões. Todos os outros indivíduos (99,43%) não persistiram na atividade, ou seja, apresentam menos de 300 pregões.
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Com relação ao desempenho obtido pelos pesquisados na operação, a média do “lucro bruto diário médio” entre os 554 indivíduos foi de R$ 49 negativos. Além disso, apenas 127 indivíduos, ou 0,12%, apresentaram lucro acima de R$ 100. Acima de R$ 300 diários, foram apenas 76 indivíduos, segundo o estudo.
A pesquisa considerou ainda um possível cenário de um “período de aprendizagem” (200 primeiros pregões) de cada um dos entrevistados que não desistiram das operações. No entanto, os resultados não foram significativamente alterados.
A média entre os 554 indivíduos de seus lucros brutos diários médios vai para R$ 91 negativos (ou seja, foi observada uma piora); 130 indivíduos, ao invés de 127, passaram a apresentar lucro bruto diário médio acima de R$ 100.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Day trade: 99,4% dos investidores têm prejuízo e desistem, diz estudo no site CNN Brasil.