Em dia instável, o dólar se valorizava levemente frente as principais moedas globais no final da tarde desta sexta-feira (15). A recente força de base ampla da moeda americana é ligada à expectativa de que as políticas do presidente eleito, Donald Trump, impulsionarão a inflação, resultando em menos cortes nas taxas pelo Federal Reserve (Fed).
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,09%, a 106,687 pontos, e avançou 1,60% na semana. Perto do fechamento de Nova York, o dólar se desvalorizava a 154,33 ienes. O euro era cotado em baixa, a US$ 1,0528, enquanto a libra recuava a US$ 1,2606.
Os bancos centrais de todo o mundo “talvez tenham de manter as taxas de juros mais altas do que gostariam”, diz Idanna Appio, gerente de portfólio da First Eagle. Ela espera que o dólar continue forte, juntamente com as taxas do Fed, que devem cair mais lentamente do que se pensava anteriormente.
Já a libra provavelmente se recuperará em relação ao dólar no próximo ano se a moeda americana se enfraquecer e se o Banco da Inglaterra (BoE) continuar cauteloso em relação ao corte das taxas de juros, diz o UBS Global Wealth Management. O dólar pode cair se as políticas de Trump não forem bem-sucedidas e se o Fed cortar os juros mais do que o mercado espera, afirmam os analistas do UBS.
Segundo o Rabobank, a força do dólar em função do Trump Trade e a natureza hesitante da recuperação econômica do Japão dificultam a suposição de que o iene será capaz de recuperar qualquer terreno substancial ao longo do próximo ano.
“Esperamos que um Banco Central Europeu (BCE) mais dovish tire a resiliência do euro no próximo ano e vemos espaço para o EUR/JPY cair de volta para 150 em uma visão de 12 meses, o que marcaria um retorno aos níveis vistos pela última vez em meados de 2023”, explica o banco holandês.
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