Membros da UE aprovam adoção de sobretaxas para veículos elétricos chineses

 

A Comissão Europeia disse nesta sexta-feira (4) que recebeu apoio suficiente dos membros da União Europeia (UE) para impor tarifas de até 45% sobre as importações de veículos elétricos chineses no caso comercial de maior destaque do bloco, mas que continuaria a negociar com Pequim.

A Comissão, que supervisiona a política comercial do bloco, propôs taxas finais sobre veículos elétricos fabricados na China pelos próximos cinco anos para combater o que considera subsídios chineses injustos após uma investigação antissubsídios de um ano.

Em uma votação nesta sexta-feira, 10 membros da UE apoiaram as tarifas e cinco votaram contra, com 12 abstenções, disseram fontes da UE.

Leia Mais

Haddad diz que 2 mil sites irregulares de bets serão retirados do ar

Berkshire Hathaway se desfaz de mais ações do Bank of America

Governo estuda implementar tributação de 15% a multinacionais, baseado na OCDE

Teria sido necessária a oposição de uma maioria qualificada de 15 membros da UE, representando 65% da população da UE, para bloquear a proposta.

A Reuters informou na quarta-feira que a medida provavelmente seria aprovada, com França, Itália e Polônia planejando votar a favor.

O executivo da UE disse ter obtido “o apoio necessário” para adotar as tarifas, embora continue as negociações com Pequim para encontrar uma solução alternativa.

A maior economia da região e grande produtora de automóveis, a Alemanha, votou contra a proposta, disseram fontes.

O presidente-executivo da BMW, Oliver Zipse, descreveu a votação como “um sinal fatal para a indústria automotiva europeia”. Ele disse que um acordo rápido era necessário entre Bruxelas e Pequim para evitar um conflito comercial.

A Volkswagen disse que as tarifas planejadas eram “a abordagem errada”.

O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters

A Stellantis disse que apoiava a concorrência livre e justa e que o setor estava sob pressão dos ambiciosos planos de redução de carbono e da “ofensiva comercial global chinesa”.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse nesta sexta-feira que a UE estava caminhando para uma “guerra fria econômica” com a China.

A posição da UE em relação a Pequim endureceu nos últimos cinco anos. O bloco vê a China como uma parceira potencial em algumas questões, mas também como uma concorrente e uma rival sistêmica.

Em medidas vistas como uma retaliação, Pequim lançou este ano suas próprias investigações sobre importações de conhaque, laticínios e produtos suínos da UE.

A Comissão diz que a capacidade de produção excedente da China de três milhões de EVs por ano, que precisavam ser exportados, é o dobro do tamanho do mercado da UE. Dadas as tarifas de 100% nos Estados Unidos e Canadá, a saída mais óbvia para esses EVs é a Europa.

O executivo da UE disse que está disposto a continuar negociando uma alternativa às tarifas com a China e que poderia reexaminar um compromisso de preço – envolvendo um preço mínimo de importação e normalmente um limite de volume – tendo rejeitado anteriormente aqueles oferecidos por empresas chinesas.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Membros da UE aprovam adoção de sobretaxas para veículos elétricos chineses no site CNN Brasil.

 

Newsletter

Cadastre-se para receber as principais novidades em seu e-mail.

Portal de notícias Dealer Intelligence