O ouro fechou em queda pela terceira sessão consecutiva nesta segunda-feira (16) antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) de quarta-feira (18). Além disso, dados desanimadores de novembro da China ressaltam o desafio que o maior comprador de ouro global enfrenta para garantir uma recuperação do crescimento.
O metal dourado para fevereiro fechou em queda de 0,21%, a US$ 2.670,00 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
A economia da China ainda não está fora de perigo e o crescimento pode exigir apoio adicional, afirmam os economistas do HSBC em uma nota de pesquisa após a divulgação dos dados de atividade do país em novembro. As vendas no varejo chinês aumentaram 3% no mês anterior, uma desaceleração ante o incremento anual de 4,8% visto em outubro e bem abaixo do consenso do mercado, de 4,7%.
Nos EUA, embora um corte nas taxas de juros pareça um negócio fechado na reunião do Fed desta semana, os investidores estão preocupados com a possibilidade do BC americano pausar os cortes em janeiro, segundo analistas do ANZ Research. “Ainda assim, as crescentes tensões geopolíticas continuam a apoiar a demanda por portos seguros”, acrescentam.
O ativo enfrenta uma perspectiva desafiadora no médio prazo, com seus movimentos de preço intimamente ligados às expectativas de política monetária e seu impacto sobre os rendimentos dos Treasuries. A capacidade do Fed de controlar a inflação será fundamental para moldar o desempenho futuro do ouro, diz Quasar Elizundia, da Pepperstone.
O ANZ espera que o metal precioso atinja US$ 2.900 por onça-troy no próximo ano, apoiado por fortes fluxos de investimento, demanda física resiliente e compras elevadas dos bancos centrais.
Cada R$ 1 na saúde pública gera R$ 1,61 no PIB, aponta pesquisa
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ouro fecha em queda pela 3ª sessão consecutiva no site CNN Brasil.