O ouro estendeu queda pelo quinto dia consecutivo nesta quarta-feira (18) com os investidores aguardando a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), às 16 horas (de Brasília), e sinais sobre a perspectiva da taxa de juros para o próximo ano.
O metal precioso para fevereiro fechou em queda de 0,32%, a US$ 2.653,30 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Uma mensagem dovish do Fed pode aumentar o apelo do ouro, diz Quasar Elizundia, estrategista de Pesquisa da Pepperstone. Por outro lado, uma postura hawkish, sugerindo maior foco no combate à inflação, poderia exercer mais pressão sobre o preço do metal dourado.
Além disso, o sentimento dos investidores em relação ao ouro também depende dos principais dados econômicos dos EUA, com o Produto Interno Bruto (PIB) e o índice PCE, previstos para a próxima quinta (19) e sexta-feira (20), respectivamente.
Enquanto isso, as tensões geopolíticas na Europa Oriental e no Oriente Médio continuam a oferecer suporte, fortalecendo o papel da commodity como ativo porto seguro.
Mesmo depois de um 2024 “espetacular”, os preços do ouro podem ter mais espaço para subir em 2025, afirma a State Street Global Advisors. A compra de ouro pelos bancos centrais deve continuar robusta, ajudando a compensar o impacto negativo de um dólar forte sobre o ativo, afirmam os estrategistas.
O cenário base da SSGA está entre US$ 2.600 e US$ 2.900 a onça-troy no próximo ano, com potencial para aumentar para US$ 3.100.
No radar, um aumento nas importações de ouro que ampliou o déficit comercial da Índia para um recorde em novembro e levou a rupia a uma baixa histórica foi devido a um erro de cálculo, de acordo com fontes da Bloomberg, que afirmaram que as autoridades contaram duas vezes as remessas do metal dourado nos armazéns após uma mudança na metodologia.
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